sábado, 24 de outubro de 2015
Virtudes Enlouquecidas
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
O Paradoxo; Ou: A Contradição Aparente
Quando no sermão da montanha (Mateus 5-7) Jesus disse que "bem-aventurado são os mansos", logo depois afirmou, também, que "bem-aventurado são os que tem fome e sede de justiça", dando um ar um tanto paradoxal (algo que soa contraditório, mas não é) à sua doutrina, cuja resolução encontrava-se apenas na compreensão daquilo que fundava a sua personalidade e história.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
A Filosofia, a Arte, a Religião e a Essência
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Da Imitação de Cristo
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Notas Sobre Amizade, Verdade e Cristo
A Origem do Mal
Esse pequeno ensaio de filosofia tende a compreender algo que é enigmático: a origem do mal. Por tanto, deixa parcialmente de ser um mistério quando compreendemos que não existe uma equivalência entre o bem e o mal ou entre a verdade e a mentira, mas que o Bem e a Verdade são elementos fundamentais para a existência daquilo que se contrapõe a eles, sem um sentido de equivalência, mas no sentido de dependência, preservando a hierarquia dos valores intacta. Sendo assim, a origem do mal está, por exemplo, no abuso do bem, ou na malversação do bem a partir da própria liberdade humana que tem na degeneração uma possibilidade para que a própria liberdade seja, por tanto, completa. É como compreendêssemos a razão pela qual no próprio Paraíso Deus tivesse colocado próximo da Árvore da Vida, a árvore da perdição: a Árvore do Conhecimento do Bem e do mal.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
A Liberdade como Algo a Construir
É com lutas que a gente descobre que a liberdade é algo que se conquista a duras penas. Com isso se vê que é mentira que nascemos livres. Liberdade se constrói, e se a recebemos por herança podemos dissipá-la em uma irresponsabilidade que resultará em escravidão. Isso vale para indivíduos e para os povos.
A Desumana Vontade de Potência
Ler Nietzsche é de fundamental importância para a compreensão de determinados mecanismos psicológicos que, entre outras coisas, tendem a permear o mundo de uma culpa e ressentimentos que não são reais, já que fomentados através de um mecanismo maquiavélico que convertem em mal tudo aquilo que, na verdade, é bom. Este insight de Nietzsche possui, podemos afirmar, uma verdade eterna e funciona mesmo quando analisamos, por exemplo, discursos de viés socialista - Nietzsche tinha uma aversão visceral ao marxismo ou ao socialismo por causa da utilização venenosa desses movimentos da moral na instilação do ódio e desconfiança em meio as pessoas.
A estrutura do pensamento nietzscheano jamais pode ser dispensada e deve sim ser estudada. No entanto o conceito de liberdade absoluta ou de "vontade de pontência", assim como a ideia de "abolição da moral", ou mesmo a ideia de que é o mais forte quem cria a moral, o Super-Homem - ideia que antes de ser concebia por nietzsche já fora destruída por Dostoiévsky (que escreveu ideias seminais que Nietzcshe veio a desenvolver posteriormente) -, é, se não pernicioso, fundamentalmente perverso e que se levada a cabo poderia fazer emergir o Caos através de uma batalha apocalíptica entre deuses no alto da torre do Mundo, como disse G. K. Chesterton.
Uma coisa é ler Nietzsche, outra coisa é reter aquilo que é bom, e outra coisa completamente diferente é transforma-lo de maneira imerecidamente em uma pedra angular de reflexão para uma moral cristã ou humana que ele mesmo detestava e que ele mesmo não possuía. A suposta máxima nietzscheana de que a moralidade é imoralidade é uma das coisas mais desumanas que existe, pois, entre outras coisas, ela não leva em conta as limitações humanas, a incapacidade da comunidade humana de viver por meio de saltos, já que lerda demais para refletir sobre o fundamento das convenções, prescindindo delas, pois tal liberdade advinda da abolição dos costumes é - como ele sabia - para quem tem nervos de ferro. Mas o homem é pó e cinza, é uma flor cuja glória não dura um dia, condicionado por todos os lados. A vontade de potência é algo a ser exercido por poderosos e, sempre e sempre, mesmo a contra-gosto dos sensíveis, em detrimento dos mais fracos. É o princípio do afundamento em uma loucura que o próprio Nietzsche experimentou.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
A Degeneração da Crítica da Religião
Da Degeneração das Virtudes
E parafraseando Dostoiévsky, podemos dizer: Do amor sem critérios, chegamos ao Inferno.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Hegel e a Ascensão do Homem a Deus
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Das Pessoas que Enchem o Mundo de Amor
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
A Ordem e a Anarquia
Quando olho para algumas políticas desastradas que alguns países implementaram em outros países em nome do "progresso", do "novo" contra o "anacrônico" ou o "ultrapassado", como foi a política "progressista" de Obama em nome da "democracia laica" na Líbia - o que, feito de forma mal feita, abriu um vácuo tenebroso naquele país que permitiu ele entrar em estado de anarquia, vindo a força organizada do ISIS e o engolindo com a boca escancarada -, sempre tenho em mente uma frase do Russell Kirk:
"A grande linha demarcatória da política contemporânea, como Eric Voegeling (1901-1985) costumava apontar, não é a divisão entre liberais, de um lado, e totalitários, do outro. De um lado daquela linha, estão todos os homens e mulheres que imaginam que a ordem temporal é a única ordem que, as necessidades materiais são as únicas necessidades e que podem fazer o que quiserem do patrimônio da humanidade. Do outro lado da linha estão todos os que reconhecem a existência de uma ordem moral duradoura no universo, uma natureza humana constante e sublimes deveres para com a ordem espiritual e a ordem temporal" (KIRK. A Política da Prudência. p. 115).
Ou seja: a Ordem é algo incriado, e que é feito para o homem e o homem é feito para ela, como diria também o sábio filósofo. E tenho cá para mim que a Ordem, as regras consolidadas, as instituições, organizações humanas, o senso de hierarquia, a compreensão da necessidade de valores e regras duradouras são coisas fundamentais que garantem a paz que o homem necessita, e que devem perdurar pelos tempos em favor, e não contra, o homem, já que respeita, e muito, a natureza do próprio homem, que não pode ser reinventada a cada dois minutos para se adequar ao "novo". O homem deseja constância, perenidade e, em última instância, uma eternidade que deve ser refletida nas estruturas e ações levadas a cabo no Mundo presente.
A dificuldade com a visão dos libertários - que alimenta o raciocínio tanto dos capitalistas brutais, como dos "progressistas" de esquerda - é que ela não consegue enxergar que a liberdade absoluta - que degenera em anarquia ou niilismo - não é um negócio a favor dos homens, mas algo que cria um campo perfeito para a ação ilimitada dos mais fortes e dos mais poderosos, já que os valores, os tabus, as regras, as convenções consagradas, Igrejas, a moral etc. (e não a revolução permanente), são barreiras que freiam as liberdades que dariam aos malignos o poder absoluto, como diz o apóstolo Paulo na segunda carta aos cristãos de Tessalônica: " Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda" (II Ts 2:7,8), ou seja: a resistência contra o avanço da iniquidade só pode ser possível por meio do desejo de conservação de valores consagrados como a Ordem.
O caso da Líbia - e o da Primavera Árabe, como um todo -, ainda é algo a ser profundamente estudado e refletido, já que a evidência de que algo deu errado por lá não pode ser sustada em nome da consideração sobre um "simples erro de cálculo", nos levando a concluir que a política, ou as ações humanas em geral que visam uma liberdade sem ordem está fadada a ter como resposta uma ordem sem um mínimo daquela liberdade que está em acordo com a essência humana, já que fomentará é a traição e a supressão total dela.