Tem gente fera em oferecer a face para bater pela segunda vez - não a sua, mas a do outro - quando, por exemplo, se escandaliza com a existência do poder policial.
É fácil pedir paciência, tolerância, "sentimentos humanos" quando não somos nós quem sofre. É fácil pregar a "doutrina" do "oferecer a face", - o que soa como uma saída fácil para se eximir de problemas urgentes que necessitam de respostas também urgentes.
O humanismo às avessas, ao pregar a doutrina do "oferecer a face", corrompe aquilo que Cristo disse - que quando disse isso, estava a censurar a guerrilha dos Zelotes, que queria fazer frente ao poder quase invencível do Império Romano (esclarecendo, por tanto, que a prioridade era conservar a vida sua e dos seus, não praticando um "suicídio heróico" - algo que tem paralelo na exortação de Jeremias aos judeus no caso da invasão do rei da Babilônia, que era o "anti-cristo" do Antigo Testamento).
Por tanto, quando exortam a dar para bater a face pela segunda vez, parece que tais pessoas estão fazendo pouco caso de suas vidas e das vidas daqueles que estão próximos - invertendo, por tanto, o sentido concreto do Segundo Mandamento (pois necessário se faz amar o próximo contra a tirania de terceiros).
É, por tanto, justamente neste contexto do serviço ao próximo que entra a autoridade que traz o juízo ainda em vida (Rm 13.1-7), o poder policial e o poder da punição - o Poder da Espada, ou Ministério da Espada, como dizia Lutero.
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