Não dêem ouvidos aos medrosos que que em meio a lamentações nos admoestam a que não tornemos séria a situação, que não passemos de repente a utilizar balas, ao invés de só dar tiros com pólvora seca! Esta não é a voz da igreja de Deus, a que ali se faz ouvir! A seriedade da situação entre nós está em que as pessoas querem ouvir a palavra, ou seja: a resposta à pergunta, se é verdade, a qual está movendo, quer saibam, quer não. A situação no domingo pela manhã (no culto) é, no sentido mais literal da palavra, histórico-final, escatológica, também sob a perspectiva das pessoas (...); isto é, quando surge esta situação, a história, a história no mais está no fim, passando ser decisivo um anseio último da pessoa por um evento último. Se não compreendermos esta aspiração última, se não levarmos a sério as pessoas na existência aflitiva que as trouxe até nós (...), nós não devemos nos surpreender que a sua maioria, sem que se transformem em inimigos da igreja, aos poucos vai deixando a igreja de lado, vai nos deixando sozinhos como aqueles bem-intencionados e medrosos.
Karl Barth - A Palavra de Deus como Encargo da Teologia - Dádiva e Louvor. p. 53
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