"Ao tolo não esta bem o deleite; quanto
mais ao servo dominar o príncipe" (Provérbios 19:10)
No sentido exato da palavra, a escritura
sempre prezou o governo dos melhores, assim como sempre foi contra uma espécie
de populismo barato que disserta sobre uma espécie de "nivelamento"
lisonjeiro de todos os homens.
De fato, nem todos são capazes, o que não
significa que alguém não possa vir a ser. Mas também aqui fica um chamado à
prudencia, para que cada um, em sua individualidade, possa vir a reconhecer o
seu próprio limite e capacidade de ação.
Não saber fazer algo não é necessariamente
vergonha; vergonha é fingir saber o que não se sabe. E pior do que fingir é a
desonestidade que acompanha quem assim procede.
Mas isto se encaixa no versículo que foi
citado a cima?
Sim, se levarmos a ideia da estrutura
vertical da cultura dos povos bíblicos, que valorizava profundamente centros de
poder que, de certa maneira, conservavam a ordem - o que é algo não muito
próximo à nossa "experiência democrática".
No entanto, a bíblia nunca foi um
"reino do imobilismo", já que alguns pequenos chegaram a ser grandes;
e mesmo uma nação de escravos - como Israel o é - chegou a dominar reinos.
Em culturas mais verticais - como a
anlo-germânica, por exemplo -, a ideia de aristocracia sempre foi fundamental
para a constituição da identidade cultural do povo, assim como para a ordem
nacional e dos governos.
Esta é uma experiência estranha a nós
Brasileiros, que lidamos mal com a ideia de autoridade, porque cada um de nós
queremos sê-la de um determinado modo. O que é típico de democracias, também.
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