Aqueles que querem abolir a moral (aquela que evidencia a contradição angustiante existente em todos nós - e que, por sua
vez, nos humaniza, com toda humilhação moral o faz), criam monstros, ou até
mesmo afundam o mundo no tédio - pois toda a "igualdade moral" cria monstros ou causa tédio. Mas, por outro lado, podemos perceber que
estes abolicionistas são os parentes mais próximos dos puritanos: detestam a
noção de pecado.
No entanto o segundo grupo ainda se reconhece como um entidade composta de
pecadores - daí a sua superioridade -, enquanto que os abolicionistas -
progressistas - saltam de maneira intransitiva para o mundo da santidade,
querendo transformar, também, a sua conduta em "lei universal", sem
serem contestados por tudo isto.
Não se enganem: o Diabo - o relativista,
igualitarista e absolutista - acredita piamente que é um Santo, acreditando
também ser o exemplo mais sublime a ser seguido por todos os homens.
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