Esses
dias li em um livro que esta noção de igualdade que se apregoa por aí é fruto
direto da inveja, e que acabou por tomar um corpo na área da política,
assombrando muita gente.
Não por acaso, quando a vida imita a literatura (ou os esquemas imaginativos de vidas possíveis - coisa já analisada por Aristóteles), um escritor argentino, provavelmente kichnerista, chamado Gonzalo Otárola, propôs a ideia de cobrar um imposto dos mais belos, pois a natureza lhes oferecera meios melhores de vencer na vida - retardo mental puro!
Em consonância com esta ideia, reparto
com meus amigos um ouro colhido no solo de minhas leituras, que é uma sentença de um dissidente cubano por nome de Reinaldo Arenas:
"A beleza, sob um sistema ditatorial é sempre
dissidente, porque toda ditadura é por si mesma atiestética, grotesca [louva o
ridículo para que não hajam "preconceitos", enquanto, sem perceber,
nivela o que há de belo e justo no mundo com o que há de lixo, eliminando a
hierarquia dos valores por meio da qual podemos separar o que é melhor e o que
é pior]; praticá-la representa para o ditador e seus agentes, uma atitude
escapista ou reacionária."
Todo o pensamento totalitário, esta onda de nivelar
tudo o que é belo e digno no mundo com aquilo que é lixo e trágico, tipo: Funk
com Mozart, modelos alternativos de casamento com a família tradicional,
ditaduras com democracias verdadeiras, economia de mercado com o
"socialismo" - socialismo que é a política da inveja mesmo -, etc,
acabará nos forçando a ter uns costumes neandertais, como o daquelas índias
que, após o parto, quando percebiam que seus filhos eram mais bonitos que a
média, logo começavam a lamentar e desgrenhar os cabelos por causa de uma
suposta feiura na criança, tudo afim de desviar a atenção invejosa dos maus
espíritos.
Vivemos, certamente, em meio a uma cultura da
inveja, cujas ideias criam um tipo de "militância do bem" que é pura
assombração, policiamento e perseguição! Tudo, é claro, em nome de uma suposta
"igualdade".
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