Tudo bem, vamos parar de
ideologizações quadrúpedes e vamos ficar com os fatos reais: a integração
continental da esquerda latino americana grandemente auxiliada por Chávez, e a
camarilha Fidel Castro, Raul Castro, Maduro, Cristina Kirchner, Evo Morales, Lula,
Rui Falcão, Mijuca etc., pode não ser uma conjuntura que surgiria do
"Bolívar histórico", mas que tem haver com o
"bolivarianismo", há!, isso tem sim.
Para que compreendamos a
coisa, depois que PT lançou um texto programático a lá Hugo Chávez, tem gente
que ainda não conseguiu interpretar o texto como ele mesmo deve ser
compreendido: estatização, chavismo e cubanismo na veia. Sim, aquela ideologia
bolivariana chavista em ato.
Agora, se Simon Bolívar era
bolivariano ou não, isso não importa. O que importa é, no fundo, aquilo que a
política sob este nome tornou-se: uma coisa muito para lá da esquerda do
centro. Tanto é verdade que Chávez defendeu a revolução cubana e as FARC - o
que está no Youtube para quem quiser ver -, que é um grupo que surgiu pelas
mãos de Che Guevara.
A ação da
"libertação" do bolivarianismo chavista - já que Simon Bolívar era um
ferrenho opositor do colonialismo espanhol - esta voltada contra o imperialismo
americano - tipo aquela ideia de lutar contra o empresário imperialista vindo,
sei lá ... de Vênus ... papo para meter medo em criancinha: "Mãe, tem um
banqueiro capitalista de baixo da minha cama!".
Isso não é papo acadêmico,
onde o "bolivarianismo" não é cubanista por causa de ... Bolívar ...
pois, para além da abstração, há um mundo real, o mundo da ação humana e
política para além da ideologia.
Assim sendo, querer ver na
política da Venezuela aquilo que ela não é, achando que o
"bolivarianismo" nada tem haver com Cuba por causa de Bolívar, é a
mesma coisa do que julgar o gosto de uma bolacha pelas cores de sua embalagem.
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