quinta-feira, 28 de maio de 2015

Nota Sobre a Hipocrisia


   Tem uma galera que se escandalizou porque teve um deputado que estava vendo material pornográfico durante a plenária de votação da R.P. - o que, disseram, tornava uma infâmia a própria votação e a decisão de mais de 400 deputados, assim como, de quebra, o conteúdo aprovado pela reforma. Sei, sei.

   Mas - lembro - que durante uma campanha em 2013 por parte da ala LGBT, muitos disseram - até um pastor presbiteriano do RJ chamado Marcos Amaral -, que "não se poderia aliar agenda moral e agenda política" na confecção das leis. Bem, não entrando no mérito da questão (nem mesmo a questão LGBT), vemos que não é bem assim que funciona o princípio que que rege a ação política, já que, dependendo das conveniências de cada caso, a moral entra ou não entra no jogo.

   Isto só demonstra como vivemos em um país curioso, onde alguns partidos de esquerda promovem, por exemplo, a ideia de que crianças entrem em contato com material pornográfico (didático, para pacificar o assunto) distribuído pelo próprio governo, ou a ideia sinistra que apoia que a criança possa fazer a mudança de sexo sem o consentimento dos pais - e tudo na crista de uma falaciosa filosofia de identidade de gênero -, e que, dependendo das conveniências, deita os cabelos quando alguém assiste material pornográfico em plena sessão da Câmara.

   Essa é a política abjeta que, ao longo dos anos, foi gestada no Brasil e que e contaminou as mentalidades. E é por coisas assim que vemos que, no fundo, a validade de um princípio em política não está em sua veracidade, mas sim no potencial de aproximar alguém do poder apenas pelo poder - e, por isso, aqui, a mentira ou a contradição não são meros acidentes de percurso, mas sim um método, um caminho.

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