sábado, 5 de abril de 2014

Sobre o ensino totalitário e a plataforma esquerdista

   Os alunos brasileiro estão tirando os últimos lugares nos testes internacionais. Recentemente houve uma pesquisa que alertou que os péssimos resultados em lógica matemática reflete a péssima qualidade de leitura dos alunos. O materialismo-histórico-dialético tem provocado uma dificultação ao acesso da herança intelectual humana com os seus conteúdos riquíssimos e imprescindíveis, e também um progressivo esvaziamento do conteúdo intelectual do aluno brasileiro, ou em outras palavras: tem provocado um emburrecimento sistemático, e, em consequência disso, com a ajuda do nosso sistema de ensino público, uma fabricação em série de diplomas no ensino fundamental, médio e superior.


   Paulo Freire virou um papa do ensino brasileiro, e o seu conteúdo, certamente, é uma das bases pra a sustentação do governo vigente no poder, assim como é o sustentáculo da cultura esquerdista e progressista. Com um apoio tão gigante do ensino público, como pode o petismo, o lulismo e o esquerdismo não manter a hegemonia? Palavras como: "conservadorismo", "direita" e "cristianismo", "economia liberal", "patrão", "pastor", "padre", "Igreja Católica", "pai", "família tradicional", "Dogma", "Igreja Evangélica", "religião", "empresa" etc. soam como um xingamento para os "ouvidos adestrados" pelo ensino resultante do "materialismo-histórico-dialético"; e por outro lado, palavras como: "esquerda", "PT", "povo", "partido", "oprimidos", "luta social", "libertação", "bolsa família", "social", "socialismo", "Venezuela", "Lula", "liberação" etc (fantasiados - claro! - caricaturisticamente, ou ideologicamente) excitam o inconsciente que, por sua vez, ativa o circuíto neural provocando um gozo quase que erótico para aqueles que ouvem essas palavras - o que certamente corresponde a aquilo que Gramsci disse sobre o "imperativo categórico invisível semelhante a um mandamento divino", e também a "terrestrialização do pensamento", chutando para longe ou criminalizando qualquer pensamento que faça referência aos valores familiares, tradicionais, transcendentes, ou para a virtude, para a alta cultura, para a ciência, religião, esforço, mérito etc. O ensino freiriano é uma declaração suicida para o ensino, pois se o professor não é o agente do conhecimento, mas o aluno, que sentido faz o mesmo ir para a escola (como bem disse a professora Campagnolo no vídeo abaixo)? Não seria isso transferir de maneira brutal e responsabilidade do ensino para o aluno, desonerando o professor do seu trabalho básico que é o de buscar conhecimento e transferi-lo? Por que é que a educação popular deveria assumir um status de uma hipóstase divina e sacrossanta?

   Conheço pouco Freire, mas tenho minhas ressalvas sérias quanto ao construtivismo, pois esse não confere um grau de certeza a nada daquilo que existe no mundo, e compreende tudo como base em uma pré-compreensão, assim como a realidade como um processo em devir. Se uma verdade é resultado de uma construção, então o Estado e o ser humano são apenas meros resultados de um processo dialético, sendo assim, as suas constantes "remodulações" e "superações históricas" rumo à uma utopia inalcançável da sociedade nivelada, são os alvos mais desejáveis (para deleite dos políticos e para o desespero da própria humanidade que nuca chegará lá). No entanto, se o Estado ou o ensino resultam da "ação" de uma verdade objetiva, sendo os mesmos possibilidades diretas da verdade, e dependentes da mesma, então não são auto-realizações do "vir a ser" da Verdade, mas se objetivam como realidades consequentes e, acima de tudo, relativas como veículos e analogias desta Verdade - e não o contrário. Vivemos em um mundo real, cujas percepções do mesmo dependem do ser-no-mundo, mas este mesmo mundo não pode, em absoluto, ser negado. O mundo não é uma interpretação do mundo, nem mesmo uma pré-compreensão baseada em meras narrativas que sofrem uma mutação por segundo. A verdade, assim como a própria Verdade, por mais que não tenhamos o acesso total a ela, é o que é! Não somos nós que construímos Ela, mas d'Ela dependemos para tudo; e o contrário disso seria simplesmente o fim do conhecimento!

Juliano Chaves Baptista

Vejam o vídeo da professora Ana Caroline Campagnolo:

https://www.youtube.com/watch?v=k_2s0Pr5Hj0&feature=player_embedded#at=42

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