sábado, 13 de dezembro de 2014

O Contraponto



   A história do Jair Bolsonaro, como se sabe, vai para além da frase digna de uma mentalidade galinácea e estúpida proferida por ele contra Maria do Rosário do púlpito do Congresso Nacional. Esta condenação tão apaixonada, e travestida de "justiça" a favor das mulheres, encabeçada, também, por Dilma Rouseff, está muito bem relacionada, na verdade, com tudo aquilo que o Jair Bolsonaro representa e tem sido: não há ninguém mais agudo em sua crítica ao passado de Dilma, assim como ácido com relação à agenda gay do petismo e esquerdismo em geral - que tenta impor a "cosmo visão" erótica para crianças recém chegadas ao universo escolar -, assim como tem sido uma pedra no sapado da agenda politicamente correta e sacanamente política do esquerdismo em geral, do que Jair Bolsonaro.

   Para compreender a coisa de uma melhor forma, vamos começar pelo histórico da "Comissão da Verdade" (um dos empreendimentos politicamente ideologizados mais estúpido dos últimos tempos - pois se lembra, apenas, da soma de mortos conquistada pelo regime, que totaliza 434), do qual ele é um crítico agudo, sedo que ao vermos esta "comissão", uma das coisas que nos intriga é a capacidade do atual governo de operar com meios de reescrever a história, e limpar a reputação de terroristas à esquerda do centro, enquanto busca destruir a imagem daqueles que estão à direita. Pois bem, ligar os pontos não é pecado - ainda -, não é? Então, para compreendermos tudo, vamos começar por perguntas: 1) a que se deve esta tentativa de manchar um lado do espectro político? 2) Será que não há nenhuma vantagem no plano da cultura este falseamento integral da história, de maneira a criar um hagiógrafo esquerdista que, para sempre, visa separar de maneira pseudo-científica aquilo que é bom no mundo dos conceitos e da história e aquilo que é inteiramente mau? 3) Mas também: quais são as forças no campo político que impedem este empreendimento de reedição da história, e que atuando também no campo cultural, tenta trazer para a luz as motivações trevosas que regiam grupos terroristas à esquerda do centro no Brasil? 

   A (1ª)primeira pergunta é levemente respondida pela segunda, mas é salutar compreender que esta vantagem também auxilia a conquista da mente de uma geração de estudantes para serem convertidos em novos militantes, o que é bem patente quando vemos vestibulares, e uma gama de materiais didáticos que trazem esta compreensão malversada do período de ditadura, transformando o bicho em um ser mais terrível do que ele foi. 

   A (2ª)segunda, como consequência, traz, por via do estelionato, um apoio de uma neo-militância conquistada por via da propaganda ideológica que não tem o pé na verdade, mas que conquista os corações por causa da inexistência de contraposição entre os fatos e esta ideologia macabra, e é isto que tem produzido um efeito devastador no campo da cultura, de maneira que se plasma o "bem" a um determinado grupo político, e o "mal" ao grupo concorrente e minoritário. Para se ter uma ideia, ser contra o pensamento esquerdista, hoje, é quase que uma "blasfêmia" dirigida a um ente sagrado (ou aos entes do "hagiógrafo"), o que te faz, automaticamente, uma pessoa deplorável e condenável pelos séculos dos séculos. Sei muito bem na pele o que é ser tido como um desses indivíduos execráveis em meio à uma plêiade de "iluminados" que se julgam portadores do "bem", que amam toda espécie de ideal bom acerca do homem, mas que são capazes de jogar na lata do lixo o homem real e existente no mundo - tal vez achando que isso é apenas uma brincadeira daquelas que quando dói, falam: foi sem querer. 

   A (3ª)terceira é respondida pelo fato de que, bem ou mal, querendo ou não, felizmente e infelizmente, Jair Bolsonaro, ainda que com esta frase estúpida e digna de toda a reprovação, tem representado este contraponto à esta avassaladora lavagem cerebral empreendida com dinheiro público. E isso nos leva a compreender que para além da ação, há a tentativa de, no fundo, desmoralizar não tanto o indivíduo Bolsonaro, mas, para além dele, toda aquela ideia que ele tem representado no campo político e que atua primeiramente no campo cultural - claro - impedindo a formação daquele "rebanho" agregado em torno de um grupo de ideias "para um mundo melhor", que querem nada mais e nada menos do que o poder total sobre a vida dos indivíduos através da máquina do Estado. Jair Bolsonaro é, por tanto, um risco e um grande incômodo para a concretização destes planos - tal como é claro no ponto da cartilha do PT lançada em novembro, onde é pregado a "hegemonia cultural" ao estilo maoísta, o que torna óbvio o objetivo de tal "Comissão da Verdade", por exemplo. 

   Exagero? Não, não é exagero, pois basta olhar para o duplo padrão de julgamento desta esquerda nefasta onde a história real de que uma jovem sequestrada com o namorado, tendo sido estuprada por dias em uma caserna no meio do mato onde fora mantida em cárcere privado, nada ofende a honra deste pessoal, o que é totalmente o oposto no caso da fala do Bolsonaro. Parece incrível, mas o jovem estuprador (ou os jovens), foi defendido pela Maria do Rosário, aquela mesma responsável pela pasta dos Direitos Humanos no Governo Federal. 

   A dupla moralidade, aquela que prega "aos amigos tudo, e aos inimigos a Lei", é aquela que tem brutalizado a sensibilidade nossa acerca do que é certo e daquilo que é errado, fazendo com que creiamos que o bem e o mal está distribuído entre partidos, e não no mundo concreto. Esta usurpação é aquilo que nenhum partido político pode arrogar para si, pois nenhum possui o monopólio da virtude, e por isso é preciso ver a política, antes de tudo, não como o campo onde se opera por intermédio dos valores, mas sim dos resultados. Uma lida no livro "O Príncipe" de Maquiavel faria todo o bem do mundo para aqueles que querem opinar sobre política e, antes de tudo, compreende-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário