quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Socialismo e Nazismo

 

   Vejamos, abaixo, algumas reivindicações de Hitler que nos levam a compreender que ele desejou com todas as forças o agigantamento do Estado, fazendo com que este assumisse aquela feição paternal que Lula, os socialistas e muitos brasileiros tanto gostam: querem que o estado banque tudo, sem desejar uma liberdade que permita o auto-governo das pessoas.  

  "Nós exigimos a divisão de lucros de indústrias pesadas.

   Nós exigimos uma ampliação, em larga escala, da proteção social na velhice.

   Abolição de rendas não auferidas através do trabalho [renda por juros ou por meio de jogos, por exemplo]. Fim de escravidão por juros.   

   Nós exigimos a criação de uma classe média saudável [alguma semelhança sobre a criação de uma classe média por decreto?] e sua conservação, a imediata socialização das grandes lojas de departamento, que deverão ser arrendadas a baixo custo por pequenas empresas, e um trato de máxima consideração a todas as firmas pequenas nos contratos com o governo federal, estadual e municipal.

   Nós exigimos uma reforma agrária adequada às nossas necessidades, uma legislação para desapropriação de terra com propósitos de utilidade pública, sem indenização, a abolição de toda especulação com a terra.

   O Estado deverá se responsabilizar por uma reconstrução fundamental de todo o nosso programa nacional de educação, para permitir que todo alemão capaz e laborioso obtenha uma educação superior e subsequentemente seja encaminhado para posições de destaque [...] Nós exigimos que o Estado financie a educação das crianças com excepcionais capacidades intelectuais, filhas de pais pobres, independentemente de posição ou profissão.

   O Estado deve cuidar de elevar a saúde nacional, protegendo a mãe e a criança, tornando ilegal o trabalho infantil, encorajando o trabalho físico por meio de leis que obriguem a prática de ginástica e de esporte, pelo apoio incondicional a todas organizações que cuidam da instrução física dos jovens." (GOLDEBERG, J. Facismo de Esquerda. p. 82, apud NARLOCH, O Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo. p. 178,179)" 

   Com base neste texto é possível clarear bem em nossa mente o que significa o fato de um Estado com plenos poderes, assim como o resultado inevitável da exigência de diretos para tudo quanto é coisa. 

   A equação é simples: direitos demandam uma necessidade de Estado (pois ele deve garantir, por leis, o dever de outros - pois sem deveres não existem direitos); muitos direitos é igual a Estado grande; Estado grande significa redução da liberdade individual (pois é o fruto do nosso trabalho que garante os direitos); liberdade individual pequena é igual a ficar sujeito ao despotismo de quem concentra mais poderes; aquele que concentra mais poderes (o Estado) tem direito de controlar a sua vida individual. 

   Como disse no texto "Frustração Salvífica", é necessário, antes de tudo, para que possamos ter uma ideia melhor sobre política, ação humana, governo etc, compreender, primeiro, quem é o ser humano, e, após isso, entender a que estamos sujeitos quando um pequeno grupo humano possui plenos poderes sobre nossa vida.

   Seria matéria de muita inocência contar com a bondade humana deixando a poucos o controle geral da vida de muitos e, neste sentido, nas mãos do governo a possibilidade de decidir os rumos de uma nação, sem o contraponto de uma comunidade acadêmica (independente), jornalística, empresarial, religiosa e de outros grupos humanos, que, com os seus posicionamentos, ampliam o poder de visão do governo.

   Frente a isto, temos a ideologia socialista, que é amada aqui no Brasil com uma "tara" inexplicável a primeira vista, mas que é compreensível quando analisamos a genealogia de nossa política que descende da França, Portugal etc - que foram construídas diferentemente daquele processo inglês e  americano que coloca a liberdade individual (segundo a filosofia liberal conservative) como um contrapeso significativo ao domínio do governo.

   Neste sentido, a filosofia liberal coloca nos ombros de indivíduos a responsabilidade por si próprios, sendo, por tanto, necessário a emancipação individual do Estado Babá, que, para defender os seus "pequeninos", invariavelmente exige muito no sentido financeiro e no sentido da liberdade de pensamento. Ter um Estado para garantir os "Direitos Humanos" é, ao mesmo tempo, ter um pretexto para a existência do Estado, que antes reduzido em sua atuação à esfera jurídica e militar, agora, no mundo moderno, desempenha um papel de "gestor de um mundo melhor" - projeto este que vem desde o iluminismo francês (com os jacobinos), e cujo ápice foi o socialismo alemão (com Hitler), soviético (com os sovietes) e chinês (com Mao Tsé Tung), e que faz eco, hoje, com o Estado Islâmico, com a ONU e outros.

   É sabido, como afirma Paul Jhonson em "Tempos Modernos", que toda a tentativa de engenharia social, de mudanças abruptas do cenário político, e de tentativas de mudanças radicais da sociedade e da cultura, impostos de cima para baixo, terminaram em genocídio. Um Estado gigantesco, produtor de moral, que não deixa margens para liberdades econômicas, assim como liberdade de consciência e de opinião - pontos de diferenciação determinante entre o iluminismo francês do iluminismo inglês -, e que concentra o poder econômico, jurídico e político nas mãos, está fadado ao despotismo.

   Esta tara socialista que o Brasil tem de encontrar o "pai redentor" no Estado, mesmo com todas as evidência de não transcendência que este evidencia, não deixa de ser algo onde vemos um eixo que divisa o significado desta situação com relação a aquela que foi encontrado a Alemanha na década de trinta, pois, no final das contas, eles esperavam um "pai redentor", um alguém poderoso que, no fim das contas, acabou por esmagar, "em favor do povo", toda e qualquer liberdade individual existente por meio da eliminação dos inimigos e concorrentes, sejam eles financeiros, ideológicos (canais de televisão, jornais, artistas, filósofos, teólogos, escritores etc), ou políticos - não se espantem, pois esta é a face mais pura do socialismo. 

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