sábado, 4 de outubro de 2014

O Elogio da Loucura




      Eu não entendo um governo que diz que não se deve interferir na política interna da Venezuela - enquanto Maduro matava jovens do seu próprio país durante os protestos por causa da carestia e de uma inflação de uns 60% -, que propõe diálogo com terroristas do ISIS (que matam a rodo cristãos, correligionários e minorias Yazidis), enquanto dá os seus pitacos justamente na política de Israel por causa de sua ação que visava, exclusivamente, a defesa do seu povo, sendo que o povo do outro lado utilizava a população civil para proteger o armamento próprio. Acho no mínimo estranho este amor todo à democracia enquanto as peças de louvor dos companheiros são Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia etc. 

   Acho estranho pensar ser normal um desrespeito gigantesco à Suprema Corte - como aquele desrespeito de Lula quando disse que não houve mensalão. Muitos, antes - lembro -, diziam que isso não daria em nada, mas justamente, hoje, não contentes com nada, dizem que a condenação dos "companheiros" foi um "golpe político." 

   Pessoalmente não respeito tal mentalidade política que, no mínimo, carece de argumentos, entrando numa contradição draconiana que insiste em retirar diante dos nossos olhos as evidências mais marcantes da frieza brutal com que eles tratam as coisas, visando unicamente, não dando o braço a torcer para os fatos, manter o poder pelo poder. 

   Também, não consigo respeitar esta mentalidade política que, para provar um salto da população da linha de pobreza para a a classe média, fabricou dados, baixando a renda individual que caracteriza a pertença à dita classe, para provar a "gloriosa" tese. Por isso, seguindo os meios da União Soviética, tal política não fez outra coisa senão criar estatísticas, não se servindo da regra dos governos anteriores para demonstrar qualitativamente os números, mas inventando as próprias leis, tal como fez com relação aos desempregados, contando não os desocupados, mas sim aqueles que foram a busca de emprego e não acharam.

   Também não vejo coerência quando aqueles que dizem defender os "Direitos Humanos", cometem um crime que clama aos céus, aceitando mão de obra de médicos que não gozam da liberdade de decidirem fazer de suas vidas o que quiserem, sendo, por tanto, explorados por um governo que diz ser contra o "Capital", mas que de maneira flagrante negociam pessoas como mercadoria por causa de interesses pessoais, retirando delas 80% do ganho que lhes é de direito - e isso é assim pois o comunismo (como o existente em Cuba) é a face mais demoníaca do capitalismo. 

   Em fim, ainda que tendo muito a dizer, não acho honesto e nem inteligente, como cristão, elogiar a mentira de maneira consciente.

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