segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Um Exemplo de Mentalidade Metonímica


 
   Tudo bem, vamos parar de ideologizações quadrúpedes e vamos ficar com os fatos reais: a integração continental da esquerda latino americana grandemente auxiliada por Chávez, e a camarilha Fidel Castro, Raul Castro, Maduro, Cristina Kirchner, Evo Morales, Lula, Rui Falcão, Mijuca etc., pode não ser uma conjuntura que surgiria do "Bolívar histórico", mas que tem haver com o "bolivarianismo", há!, isso tem sim.

   Para que compreendamos a coisa, depois que PT lançou um texto programático a lá Hugo Chávez, tem gente que ainda não conseguiu interpretar o texto como ele mesmo deve ser compreendido: estatização, chavismo e cubanismo na veia. Sim, aquela ideologia bolivariana chavista em ato.

   Agora, se Simon Bolívar era bolivariano ou não, isso não importa. O que importa é, no fundo, aquilo que a política sob este nome tornou-se: uma coisa muito para lá da esquerda do centro. Tanto é verdade que Chávez defendeu a revolução cubana e as FARC - o que está no Youtube para quem quiser ver -, que é um grupo que surgiu pelas mãos de Che Guevara.

   A ação da "libertação" do bolivarianismo chavista - já que Simon Bolívar era um ferrenho opositor do colonialismo espanhol - esta voltada contra o imperialismo americano - tipo aquela ideia de lutar contra o empresário imperialista vindo, sei lá ... de Vênus ... papo para meter medo em criancinha: "Mãe, tem um banqueiro capitalista de baixo da minha cama!".

   Isso não é papo acadêmico, onde o "bolivarianismo" não é cubanista por causa de ... Bolívar ... pois, para além da abstração, há um mundo real, o mundo da ação humana e política para além da ideologia.


   Assim sendo, querer ver na política da Venezuela aquilo que ela não é, achando que o "bolivarianismo" nada tem haver com Cuba por causa de Bolívar, é a mesma coisa do que julgar o gosto de uma bolacha pelas cores de sua embalagem.

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