quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Ódio à Toda Beleza Possível




   Esses dias li em um livro que esta noção de igualdade que se apregoa por aí é fruto direto da inveja, e que acabou por tomar um corpo na área da política, assombrando muita gente.

   Neste livro foi citado um autor que escreveu uma obra de ficção, dizendo que em algum momento do futuro, haveria uma política de engenharia biológica que nivelaria a beleza na humanidade, para que não houvesse alguém mais belo que o outro; tudo em nome do "bem" e da "igualdade". 

   Não por acaso, quando a vida imita a literatura (ou os esquemas imaginativos de vidas possíveis - coisa já analisada por Aristóteles), um escritor argentino, provavelmente kichnerista, chamado Gonzalo Otárola, propôs a ideia de cobrar um imposto dos mais belos, pois a natureza lhes oferecera meios melhores de vencer na vida - retardo mental puro!



   Em consonância com esta ideia, reparto com meus amigos um ouro colhido no solo de minhas leituras, que é uma sentença de um dissidente cubano por nome de Reinaldo Arenas:



   "A beleza, sob um sistema ditatorial é sempre dissidente, porque toda ditadura é por si mesma atiestética, grotesca [louva o ridículo para que não hajam "preconceitos", enquanto, sem perceber, nivela o que há de belo e justo no mundo com o que há de lixo, eliminando a hierarquia dos valores por meio da qual podemos separar o que é melhor e o que é pior]; praticá-la representa para o ditador e seus agentes, uma atitude escapista ou reacionária."


   Todo o pensamento totalitário, esta onda de nivelar tudo o que é belo e digno no mundo com aquilo que é lixo e trágico, tipo: Funk com Mozart, modelos alternativos de casamento com a família tradicional, ditaduras com democracias verdadeiras, economia de mercado com o "socialismo" - socialismo que é a política da inveja mesmo -, etc, acabará nos forçando a ter uns costumes neandertais, como o daquelas índias que, após o parto, quando percebiam que seus filhos eram mais bonitos que a média, logo começavam a lamentar e desgrenhar os cabelos por causa de uma suposta feiura na criança, tudo afim de desviar a atenção invejosa dos maus espíritos.

   Vivemos, certamente, em meio a uma cultura da inveja, cujas ideias criam um tipo de "militância do bem" que é pura assombração, policiamento e perseguição! Tudo, é claro, em nome de uma suposta "igualdade".

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