quinta-feira, 9 de abril de 2015

Aristocracia



   "Ao tolo não esta bem o deleite; quanto mais ao servo dominar o príncipe" (Provérbios 19:10)

   No sentido exato da palavra, a escritura sempre prezou o governo dos melhores, assim como sempre foi contra uma espécie de populismo barato que disserta sobre uma espécie de "nivelamento" lisonjeiro de todos os homens.

   De fato, nem todos são capazes, o que não significa que alguém não possa vir a ser. Mas também aqui fica um chamado à prudencia, para que cada um, em sua individualidade, possa vir a reconhecer o seu próprio limite e capacidade de ação.
 
   Não saber fazer algo não é necessariamente vergonha; vergonha é fingir saber o que não se sabe. E pior do que fingir é a desonestidade que acompanha quem assim procede.

   Mas isto se encaixa no versículo que foi citado a cima?

   Sim, se levarmos a ideia da estrutura vertical da cultura dos povos bíblicos, que valorizava profundamente centros de poder que, de certa maneira, conservavam a ordem - o que é algo não muito próximo à nossa "experiência democrática".     

   No entanto, a bíblia nunca foi um "reino do imobilismo", já que alguns pequenos chegaram a ser grandes; e mesmo uma nação de escravos - como Israel o é - chegou a dominar reinos.

   Em culturas mais verticais - como a anlo-germânica, por exemplo -, a ideia de aristocracia sempre foi fundamental para a constituição da identidade cultural do povo, assim como para a ordem nacional e dos governos.


   Esta é uma experiência estranha a nós Brasileiros, que lidamos mal com a ideia de autoridade, porque cada um de nós queremos sê-la de um determinado modo. O que é típico de democracias, também.

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