terça-feira, 17 de outubro de 2017

Desprezo Brutalizante e as Razões do Coração

   O que esse pessoal da Globo despreza é a autoridade dos costumes sem o qual nenhuma cultura pode ser e sem o qual nenhum laço humano pode existir.
   Você até pode racionalizar que uma saia não difere em sentido material de uma calça e que ambos podem ser vestidos por meninos - como no caso da Malhação. Mas essa afirmação que é verdadeira no sentido racionalista não é no universo da razão estética que pessoas de uma determinada cultura compartilham, sendo que é esse tipo de dimensão estética que permite a comunhão entre o homens.

   No fundo isso é a violação das razões do coração que a própria razão desconhece, como afirmou Pascal, as mesmas que fundam o senso de identidade entre as pessoas e o senso de pertencimento no mundo. São coisas que não possuem uma razão prática de ser, mas constitui todo o universo de sentido.
   No fundo essa atitude de novelas como a Malhação evidencia quão prepotente e brutal pode ser alguém que declarou guerra ao senso estético ou comum da população por causa de uma ideologia que busca indiferenciar o masculino do feminino. Trata-se do vício hostil dos tempos de ver em tudo um significado político: do sexo à comida, do vestir de roupas a um passeio de bicicleta, os fanáticos, em sua sanha reformista ou para parecerem gente do bem, tudo transformam em motivo de protesto - e hoje está na moda fazer um merketing do bem.
   Mas tenho esperanças da vinda dos dias em que um simples vestir de roupas voltará a ser um simples vestir de roupas.

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