sábado, 25 de abril de 2020

Fé e Fanatismo; Ou: A Humanidade em Forma de Mandamento

   Uma das coisas que tenho percebido é que certas experiências religiosas são destruidoras da personalidade e dos afetos naturais. O autoritarismo e o fanatismo - que sim, existem no meio evangélico - que vem no bojo de certas "experiências" que tendem a adoecer os afetos de muitos, e isso de tal maneira que o serviço à "crença" se desvia de finalidade que é edificar o homem no homem, antes edificando o fanatismo e a alienação que destroem o homem.
   Se partirmos do princípio que a fé é o caminho de restauração da humanidade afetada pelo pecado, e que o mal do mundo é resultado dessa queda de um estado de retidão, amor e justiça, então poderemos eliminar de saída muitos dos problemas que atacam as igrejas hoje, pois hoje há muita coisa que se passa por fé que realmente milita contra os fundamentos próprios da fé, incluindo aí o justo amor e a própria misericórdia.
   Quando o norte da humanidade é perdido da fé, o primeiro a ser sacrificado é o homem. E aqui de nada adianta dizer que o homem deve amar a Deus primeiro, e se sacrificar por ele, já que isso não é coisa simples, pois em muitos lugares Deus é uma palavra sem sentido, já que não raro Deus é substituído em muitos lugar s pela "ideia de Deus", e por vezes por uma ideia hedionda, pobre, ridícula, e diabólica de Deus.
   Ao pensar em sacrificar a Deus, muitos, seja por inocência ou por motivos escusos, acabam ponto uma intenção boa em um altar deformado.
   É tempo de reformar a nossa fé pessoal, limpando-a de entulhos subversivos que desejam tomar no nosso coração aquilo que somente a Deus pertence, e começar isso partindo do princípio que afirma que a lei de Deus é a humanidade em forma de mandamento.

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