sábado, 25 de abril de 2020

Paixão Política e Frustração Manifesta

   Ontem, como compartilhei com amigos queridos, até com base em tudo o que sabia desde o ano passado, disse com a consciência muito tranquila o nível da minha surpresa com a situação: literalmente zero.
   Vejo muitos amigos feridos, desiludidos e bem afetados com a situação (e outros dando vasão a pensamentos revisionistas). Eu havia sentido politicamente algo assim em 2014, mas por outros motivos. E uma das coisas que aprendi foram: não perder o humor, não nutrir sentimentos apocalípticos, mater a espinha ereta, a mente alerta e o coração tranquilo, pois o nosso pequeno e privado mundo continua e ele precisa da nossa lucidez.
   Não decidir e nem fazer juízos pesados em momentos de tristeza é um grande conselho de prudência, pois é possível que façamos compromissos com base em afetos confusos, o que nos fará mais confusos ainda. Há quem tenha perdido "toda esperança na política", como se o país estivesse entregue ao nada.
   Mas devemos nos perguntar qual o erro de cálculo em se depositar tanta esperança em coisas assim, e também colocar o nosso coração no lugar certo para nos perguntarmos qual o motivo de tamanha tristeza, e se é certo que se trata de motivos de uma frustração para tanto.
   Há certos comportamentos manifestos que revelam um direcionamento errado das aspirações de muitos, principalmente quando alguns descobrem que seus deuses são de barro, o que nos impõe a tarefa não de se irar e nem mesmo de se desesperar, mas de compreender para que seja possível um reto direcionamento nesse mundo.

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