quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A Crise do Feminismo



   O feminismo em sua origem demanda uma diferenciação de espécies dentro do gênero humano por causa de um raciocínio muito simples: a ideia de espécies MACHO e FÊMEA dentro do pensamento feminista é necessária para a estrutura de sua ideologia já que o MACHO é, dentro da teoria sexista, o opressor da FÊMEA.

   No entanto aquilo que se tornou IDEOLOGIA DE GÊNERO dentro do próprio pensamento feminista tende a anular a premissa fundamental de luta contra a “opressão feminina”, já que a premissa fundamental que embasa o sexismo é que existem as espécies “MACHO e FÊMEA”, e que a fêmea é explorada pelo macho; e se a filosofia feminista de hoje defende que tais espécies inexistem, logo a tese de que o macho explora a fêmea também não existe, o que seria, na verdade, apenas uma exploração interna do GÊNERO HUMANO e não de ESPÉCIES dentro do GÊNERO, já que ESPÉCIES (como MACHO e FÊMEA), segundo a IDEOLOGIA DE GÊNERO são “socialmente construídas”, sem um fundamento na realidade.

   Isto leva a crer que não importa quem esteja no topo da estrutura de poder, se são homens ou mulheres, pois basicamente “homens e mulheres” não existem enquanto espécies, mas sim enquanto entidades dentro do GÊNERO humano. Seria possível, no mínimo, defender uma ideia de luta de classes, mas jamais uma luta sexista dentro da ideologia de gênero, pois a ideologia de gênero anula automaticamente o sexismo ao proclamar a sua ideia, o que faz com que a filosofia feminista entre em uma crise insolúvel, já que não parte de uma continuidade lógica, o que seria basicamente o pecado original das filosofias hoje existentes.

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