quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Assassinatos de LGBT: Mais Matemática, Por Favor

O assunto está ficando chato demais. Mas existem erros de metodologia que simplesmente me deixa assustado... Ligar protesto contra a exposição do Santander com assassinato de travesti é simplesmente desonesto. É aquela perguntinha incendiária que amplia a nossa visão: Será que todo assassinato de travesti é homofobia? Conheço não poucos assassinatos de homossexuais que fazem programa, por exemplo, que foram causado por pessoas que faziam programas com eles.
Alguns dizem que a população LGBT é de 11 milhões de pessoas, ou algo próximo de 5% da população. Dizem que algo em torno de 347 LGBT's morreram assassinados por motivo de homofobia em 2016, certo? Morrem, aproximadamente, 55 mil brasileiros por ano por assassinato. Vamos lá: se 5% da população corresponde a 343 assassinatos, e se multiplicarmos esse número por vinte - que dá a proporcionalidade de 95% de brasileiros héteros -, então teremos 6.940 assassinatos proporcionais aos 95%. Isso significa que sobram aí 43.060 assassinatos proporcionais para que o grupo LGBT alcance o tanto de assassinato de héteros.
Isso quer dizer que existe uma epidemia de heterofobia, se morrem proporcionalmente mais de héteros no Brasil? Não, pois no Brasil morre muito todo mundo. O Brasil é um dos países que mais mata, e nenhuma classe sai ilesa. O que contesto é essa narrativa incriminatória que, no fundo, visa cercear a opinião, meter medo e, no fundo, anseia poder político por meio de uma calúnia que se quer verdade porque aqueles que se servem dela sabendo que podem ganhar com isso. O vitimismo é algo altamente lucrativo no mundo contemporâneo.
Por tanto, mais honestidade e matemática, por favor.

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