O argumento da liberdade de expressão ilimitada exposta pelo Monark é semelhante ao planejamento urbano que a pretexto de promover mais senso de higiene entre os cidadãos resolvesse construir vias com esgoto a céu aberto a fim de que a repulsa pelo cheiro levasse a um maior desejo por limpeza.
Abrir espaço para a radicalização irrestrita é o primeiro passo para a destruição do senso de amizade, daquele afeto mutuo que constitui o tecido que ampara a convivência civil. E Aristóteles dizia que o fim do legislador é muito mais preservar essa amizade até mesmo do que se preocupar de forma obcecada com a justiça - que o nosso país entenda isso. Nesse sentido a liberação de forças de extrema violência através da liberação da circulação de discursos enlouquecidos já geraria uma gangrena na rala verniz moral que ainda garante certa unidade civil - imagine um vilipêndio irrestrito de sulistas contra nordestinos ou coisa parecida.
No fim, no fim, por uma previsão de cenário, o grande problema do estabelecimento da liberdade de expressão irrestrita seria garantir a formação de partidos políticos por parte de terroristas e extremistas, de maneira a possibilitar a tomada do poder, gerando ocasião para que o fanatismo ingresse na estrutura de Estado, moldando essa estrutura.
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