quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Mamom é o deus deste Mundo

    Quase sempre mega-empresas estão dispostas a engolir qualquer coisas para vender mais ou para não vender menos, nem que para isso seja necessário esmagar pessoas. Essa verdade deve nos alertar contra essa classe de executivos que quase sempre estão se lixando para ideologias ou o que valha. O objetivo é, na verdade, o aumento de poder.

    É possível que empresas defendam coisas corretas, mas é bem mais possível que defendam certas pautas para agregar valor à marca e pelo bem que produzem. Isso reflete a realidade do filisteu de espírito que por vezes até faz um bem digno de louvor, guardando ainda assim no coração uma intenção viciada, pois, como diz o apóstolo Paulo, julgam ser a piedade fonte de lucro (1 Tm 6,13).
    A história é pródiga em exemplos de gente que aderiu a certos idealismos apenas para obter lucro: a IBM desenvolveu uma tecnologia usada em programações que foi utilizada para numerar judeus em campos de concentração; a Nestlé já vendeu indiscriminadamente chocolates para combatentes nazistas, quando o abuso destes ainda não provocava náuseas; a Coca Cola desenvolveu a Fanta Uva justamente na venda para os mesmos, quando houve uma crise no fornecimento de laranjas.
    Agora os tempos são distintos, mas a operação segue sendo a mesma, seja na adoção de pautas progressistas ou conservadoras. No fim, a moral aqui não está na busca de um valor, mas segue o preceito de não morder a mão que engorda e alimenta, ou em abraçar o "espirito dos tempos" para colher certa imagem - porque "a boa imagem" agrega valor ao produto. No fundo, os valores são aqui eleitos segundo sua utilidade. Não há sacrifício.
    Mas ainda que esmaguem pessoas em nome do que quer que seja, essa gente passará. Um sopro do Espírito e a roda da história girara, desmontando todos e expondo à luz toda afetação hipócrita.
    O mundo passa, mas Deus permanece.

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