segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

A Vitória do Senhor

    Segundo evangelhos de Mateus e Marcos (Mt 4.12; Mc 1.14) após a vitória de Jesus sobre os ataques diabólicos, o evento que marca o início do ministério de Jesus é a prisão de João Batista, depois da qual ele volta para a Galileia. Contudo, em Lc 4.14 temos uma nota importante, pois ela informa que Jesus voltou à Galileia “no Poder do Espírito Santo”, poder no qual o grande impacto do ministério de Jesus tem a sua realidade, como é possível ver nos Evangelhos quando Jesus demonstra um poder inigualável sobre os espíritos demoníacos e sobre as doenças, coisas essas que sinalizam de forma concreta a autenticidade de seu ministério a favor da nossa salvação.

A vitória de Jesus sobre o demônio no deserto é apenas o pequeno círculo vitorioso inscrito dentro de outros círculos maiores de vitórias sobre o poder das trevas, sendo o círculo que engloba todos os outros o evento da cruz e da ressurreição. A questão é que nesse poder Jesus sustenta a sua santidade e fidelidade a Deus, e com isso a sua vitória. E lembrando o que foi dito antes, sua vitória é inteiramente realizada em nosso interesse, de modo que podemos dizer que Jesus vence para nós. Assim, podemos falar juntamente com o apóstolo Paulo: Mas graças a Deus, que nos concede vitória por intermédio do Nosso Senhor Jesus Cristo (1Co 15.57).

Toda essa vitória que foi de Cristo agora nos pertence pela fé no Deus que nos concede seu Espírito. Assim Paulo afirma que nenhuma condenação há para aqueles que andam no Espírito (Rm 8.1), pois nesse mesmo Espírito, que presentifica de forma concreta Cristo em nossas vidas, é que podemos conduzir uma vida inteiramente vitoriosa – não uma vitória em nos mesmos, mas em Cristo. Pois o ministério de Cristo continua após a sua ascensão aos céus. E da mesma forma – e até mais – que Jesus voltou pleno do poder do Espírito após a tentação do deserto, da mesma forma após a tentação da Cruz, ressuscitado, ele volta pleno do poder do Espírito para a outra Galileia, a qual somos nós que somos cheios da graça pela qual vencemos o mundo.

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