terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Imperialismo Acadêmico e Linguagem Neutra

    Ninguém deve aceitar qualquer imperialismo linguístico de gente que quer desmontar a língua que sempre aprendemos por certo capricho. A questão da imposição acadêmica da linguem neutra é absurdo enlouquecedor de quem acha que pode desmontar e remontar o patrimônio cultural à luz de um novo mundo que achou ontem lá no olho da rua - ainda que digam fazer isso montados em uma pesquisa de cunho sócio-político.

A classe acadêmica na área das ciências humanas não raro é um negócio formado por gente abstratista, sem contato com o mundo, e que fica enlouquecida achando que a realidade se traduz naquilo que ela encontra em periódicos ilegíveis para gente que vive seu dia a dia, e que é alvo, sem saber, da sanha insaciável dessa gente.

A ideia de que essa gente pode manipular a língua segundo uma visão particular de mundo é o resultado de um delírio de grandeza, de uma visão atrofiada da sua missão a níveis tão bsurdos, tão boçais e constrangedores que parece que eles não fazem ideia do quão invasiva, autoritária e apelativa é esse tipo empreita que nada mais é do que uma forma de buscar operar uma mudança no espírito das pessoas através da mutação das palavras.

Outra questão importante é a atitude um tanto quanto monstruosa de manipular um patrimônio cultural que não está à mão, que não é resultado de uma engenhoca, mas sim da cooperação humana daqueles que existem e existiram. Isso nada mais é do que um empreendimento boçal que se julga superior a tudo o que foi pensado em uma língua, ou seja, trata-se de um dos empreendimentos mais autoritários que se pode empreender contra o espírito humano - nem a união soviética foi tão longe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário