sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Meu Filho Amado

  Ao lado do Sinal do Espírito, no Batismo outro evento miraculoso é relatado nos Evangelhos Sinóticos, sendo esse sinal a voz celeste dirigida a Jesus testemunhado a respeito dele: “Este é o meu filho amado em quem muito me agrado”. Fora do batismo essa voz se manifesta mais uma vez no monte da transfiguração a Pedro, Tiago e João (Mt 17.5; Mc 9.7; Lc 9.35), e de forma análoga no fim do ministério de Jesus, como atesta o Evangelho de João (Jo 12.28), sendo que aqui a voz, que foi manifesta por amor de Deus dos ouvintes (Jo 12.30), diz que Deus glorificaria ainda mais uma vez Seu nome, fazendo com isso referência à última glorificação de Jesus, ou seja, a glorificação que refere à hora da Cruz.

De qualquer modo são nesses três eventos que o nome de Cristo é glorificado por Deus, assim Cristo é atestado como Filho de Deus autorizado para realizar a Sua obra. Em todo o contexto da escritura não existe sinal similar referente a nenhum profeta, apóstolo ou qualquer outro homem santo. Essa singularidade é algo que destaca a Cristo dos demais homens e santos da Escritura e da História da Igreja de modo singular, e isso é, para nós, sinal de esperança.

De fato, a Igreja confessa que por Deus somos salvos em referência a Cristo. Que mesmo quando éramos inimigos de Deus (Rm 5.10), Deus mesmo nos tornou agradáveis a si no Amado (Ef 1.5,6), ou seja, pelo fato de Cristo ser o amado do Pai ele angariou méritos suficientes para a nossa salvação, e assim Deus nos visualiza pelos méritos de Cristo e nos enche de vida e graça e justiça por amor a Cristo. Assim, tudo desta forma se torna significativo para a nossa salvação, e nenhum desses sinais são sinais aleatórios, mas dados por amos a nós (Jo 12.30), pois nos servem para a certeza da fé nas promessas que Deus, em Cristo, nos entregou de uma vez por todas (Jd 1.3).

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