A história da Torre de Babel é a história do primeiro levante grave contra Deus cometido pela humanidade após o Dilúvio. A ordem divina de crescer e multiplicar assim como povoar a terra é significativa para entendermos a ira de Deus sobre Babel. A narrativa cobre Gn 11.1-9 e descreve que partindo do lado oriental homens se estabeleceram na planície do Sinal, e intentaram queimar tijolos e usar piche betuminoso para construir uma torre que tocasse os céus. A finalidade deles eram duas: 1) fazer o nome grande; 2) não serem espalhados pela terra. Ao ouvirmos essas duas coisas nos lembramos de duas outras: 1) que os filhos das mulheres que coabitaram com os anjos no período pré-diluviano eram famosos (Gn 6.4); 2) que ao não quererem ser espalhados pelo mundo eles transgrediam a ordem frontal de Deus de povoar a terra (Gn 9.7).
Temos em Babel a primeira tentativa de concentração de poder do mundo antigo. E entre os seus podemos contar com a presença de Ninrode, o descendente de Cam que foi chamado de o poderoso caçador diante do Senhor (Gn 10.8,9). Alguns, como Lutero, identificaram Ninrode como o líder do empreendimento da Torre de Babel, porque ele foi nomeado como o rei de Babel (de onde viria a Babilônia). Isso é muito possível, e como o primeiro homem destacado e poderoso do mundo pós-diluviano ele foi também o primeiro a organizar o primeiro levante contra os céus, buscando construir uma torre que tocasse a morada de Deus. Isso nos faz lembrar a profecia de Isaías, proferida séculos mais tarde contra o rei de Babilônia Nabucodonosor: Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva [...] E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, [...] Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo (Is 14.12-14).
Nenhum comentário:
Postar um comentário